Nascido em Castro em 1917, foi desenhista, chargista, jornalista e pintor. Filho de Fortunato Soares Mattos e Amália Montezano de Mattos.
Militante e combatente na Revolução Constitucionalista de 1932, alguns anos depois começa a utilizar dos desenhos para se expressar. Já aos 18 anos colaborava como ilustrador de diversas publicações. Começou a trabalhar em agencias de publicidade. Fixando trabalho no jornal Folha de São Paulo, onde é reconhecido internacionalmente tornando-se diretor de Arte.
O trabalho jornalístico ampliou e possibilitou sua capacidade critica e a incorporou sem suas obras. Foi um chargista consagrado e de renome a serviço da critica social, do jornalismo e do humor gráfico. Ganhou espaço próprio, marcando presença em diversos salões internacionais de desenho e pintura.
Nas artes plásticas Orlando usava os temas religião, trabalho e a sensualidade feminina. A critica social, coisa vinda de sua parte jornalística, fez parte da maioria de suas obras expressionistas, utilizava tinta à óleo e também a pena. Com suas pinceladas largas e manchadas com o uso do verde e do azul mesclado com preto, porem as obras revelam uma ampla variedade cromática, Orlando nos revela o Brasil e sua cultura de uma forma expressiva como o cangaceiro, favelas, trabalhadores de fazendas, garimpeiros e trabalhadores da construção civil, além da religiosidade, algo bem marcante em várias de suas obras.
Trabalhando na imprensa carioca e paulista, criou muitas tiras e charges. Seu estilo peculiar e único serviu de inspiração para Ziraldo.
Passou boa parte de sua vida em Diadema em São Paulo, onde faleceu no dia 25 de maio em 1992. Mesmo após todo esse tempo que separa a obra de Orlando Mattos, aos dias de hoje, elas permanecem atuais. Ele era um homem a frente de seu tempo.
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