A colonização dos Campos Gerais em grande parte foi obra da construção da via férrea, quando os alienígenas eram contratados ainda na Europa para os serviços de obra de arte (boeiros, pontes, muros de arrimo, túneis, cantaria, carpintaria, ferrovia) ao longo da estrada. Terminada a empreitada, muitos já ficavam estabelecidos no local, como foi O caso de italianos, alemães, polacos, belgas, e outros estrangeiros que requeriam à Câmera lotes de terreno para neles edificar residências.
A empresa “Brazil Railway Company” adquiriu e loteou terreno no lugar próximo à cidade de Castro, na fazenda Carambeí (em Nheengatu: Rio da Tartaruga), cerca de vinte quilômetros da cidade. Os lotes foram vendidos às famílias Verschoor, Vriesman, De Geus, Voorsluys que se localizaram em 1911. Logo em seguida começaram a chegar outras famílias da Holanda. K. van der Meer, em seu opúsculo “50 Anos Carambeí", impresso em português, mas na Holanda, diz que “os colonos de outras nacionalidades, franceses, belgas, poloneses, todos deixaram Carambeí, tão logo não se precisava mais de empregados para os serviços da Railway Company. Somente os holandeses e alguns alemães ficaram”.
Mais de dois decênios transcorreram para nova onda imigratória chegar aos campos de Castro. O Dr. Jerônimo Cabral Pereira (da turma dos bacharéis do Norte) promotoriou na .comarca e casou-se nela com moça da família Duarte, herdeira da fazenda Garces. Dr. Jerônimo, de posse da herança, mudou o nome da fazenda para Marilandia. Vendeu e serrou o pinhal que O sogro, veterano da Guerra do Paraguai, havia plantado, e vendeu ao preço da época. Depois foi a vez da fazenda. Aos 18 de julho de 1933, em Curitiba, na Tabelionato de Júlio Florentino de Farias (interino), por 238:300$000, vendeu a fazenda Marilandia para Gesellschaft Fuer Siedlung in Auslande Gesellschaft mit Beschraenkter Haftung (Sociedade para colonização no estrangeiro, com sede em Berlim).
A mesma sociedade adquiriu duzentos e setenta e seis (276) alqueires, no lugar depois denominado Terra Nova (Maracanã), da menor Maria Angélica Ribas de Macedo, em 1934, por 41:500$000.
A colônia é hoje conhecida como Terra Nova-Garcez e Terra Nova-Maracanã, Uma particularidade desta imigração: a maioria das pessoas não era da lavoura; era de “chaumeurs' das grandes cidades alemãs e por não serem lavradores, grande parte dos imigrantes está nas cidades do Paraná e de São Paulo, exercendo atividades profissionais muito diversificadas
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