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Rocha Pombo

    Reverenciando a morte de Rocha Pombo, O semanário “Castro-Jornal”, de 1.º de julho de 1933, publicava a seguinte nota: 

    Faleceu no dia 26 de junho último (1933), em sua residência no Rio de Janeiro, o eminente historiador patrício José Francisco da Rocha Pombo. 


    O Brasil inteiro, coberto de luto, curvou-se reverente ante o túmulo modesto do seu grande filho. 

    O Paraná, pelo seu governo, pela sua imprensa pela vós dos seus filhos, desde os mais longínquos recantos até a capital, tem prestado à memória do grande conterrâneo morto as mais significativas homenagens. 

    Rocha pombo nasceu a 4 de dezembro de 1857 na cidade de Morretes. Aos 18 anos já era professor público e iniciava a sua brilhante trajetória intelectual. Começou como simples jornalista de província e acabou com o maior historiador brasileiro. A sua “História do Brasil”, em 9 grossos volumes basta para imortalizar-lhe o nome. É uma obra formidável, um monumento de erudição e de civismo. Em Castro, Rocha Pombo constituiu família, aqui casando em 1883, com d. Carmelita Rocha Pombo. Residiu alguns anos nesta cidade e, em 1883, fundou o primeiro jornal castrense: “O Eco dos Campos”, hebdomadário que teve grande circulação no Estado. Além desse fundou e redigiu Rocha Pombo, no Paraná, mais os seguintes jornais: O Povo (1879), 0 Dário Popular, (1887), o Paraná, o Diário do Comércio (1892), a Gazeta Paranaense (1886) e A Aurora 

    Transferindo-se para o Rio, em 1897, abandonou o jornalismo e dedicou-se ao magistério e a literatura. Escreveu romances e poemas, e diversos livros didáticos. Em 1906 entregou-se de corpo e alma à elaboração da sua famosa História do Brasil, obra que só terminou em 1911. 

    A sua bagagem literária é grande e complexa contudo, os seus patrícios, esquecendo-se de que momento deve ser honrado, só nos últimos momentos da vida do grande escritor, candidataram no a uma cadeira da Academia de Letras, para a qual foi eleito, em março deste ano. Não chegou a tomar posse da sua cadeira de imortal porque a existência preciosa findou-se lhe no limiar da glória. Mas, Rocha Pombo, antes de ser “imortal” já o era, no conceito dos seus conterrâneos, pela sua inteligência, pela sua obra, pela sua vida. 

    Castro-Jornal presta, reverentemente, nestas linhas, uma pálida homenagem ao grande historiador e um preito de saudade ao inesquecível fundador da imprensa castrense. 



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